O Instituto Brasileiro de Educação em Direitos e Fraternidade (IEDF), em parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP), realizou a cerimônia de formatura dos alunos da Escola Conexão Aquarela participantes do Projeto Falando Direito. O evento aconteceu no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amapá (OAB/AP) e marcou o encerramento de mais um ciclo da iniciativa, que une cidadania, educação e protagonismo juvenil.
O Poder Judiciário foi representado pelo juiz substituto Diogo Sobral, titular da 1ª Vara de Execução Penal e Medidas Alternativas de Macapá (1ª VEP/TJAP) e coordenador do Escritório Social do Amapá. Também prestigiaram a solenidade o juiz convocado da Corte, Marconi Pimenta, e a juíza Carline Negreiros, titular do Juizado Especial Cível de Santana.
A presidente do IEDF, Sandra Taya, e a coordenadora do Projeto Falando Direito no Amapá, Danuse Queiroz, participaram da solenidade de forma on-line. Em sua fala, Sandra Taya ressaltou a relevância da iniciativa:
“O Falando Direito tem mostrado o quanto é possível transformar a vida de adolescentes a partir da educação cidadã. Ver o engajamento da Escola Conexão Aquarela reforça que estamos no caminho certo e nos motiva a expandir ainda mais essa iniciativa”, destacou.
Idealizado pelo IEDF e executado no Amapá pelo TJAP, por meio do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) e da 1ª VEP/TJAP, o projeto conta ainda com a parceria da Secretaria de Estado da Educação (Seed).
Formação cidadã para adolescentes
Iniciado em março deste ano, o Projeto atendeu estudantes do 1º ano do ensino médio, com idades entre 13 e 14 anos. Ao longo do semestre, os jovens participaram de encontros quinzenais, presenciais e virtuais, nos quais receberam conteúdos jurídicos adaptados à realidade adolescente. A proposta aliou teoria e prática para aproximá-los de seus direitos e deveres, fortalecendo a consciência cidadã.
Segundo o juiz Diogo Sobral, desde o lançamento em outubro de 2023, o Falando Direito já chegou a diversas escolas da rede pública e privada.
“Na Escola Aquarela, fechamos mais um ciclo. Ainda precisamos fazer alguns ajustes, já que tivemos um indicativo da própria direção da instituição de ensino em permanecer e levar o programa para outras séries. A proposta é atender, também, estabelecimentos estudantis no interior do Estado”, destacou o magistrado.
A diretora-pedagógica da Conexão Aquarela, Magda Ripke, representando a diretora-geral Patrícia Verde, ressaltou a relevância da parceria:
“É a primeira vez que a nossa escola participa. Incorporamos o Projeto ao itinerário formativo da 1ª série do ensino médio porque acreditamos que esse conteúdo contribui diretamente para a formação integral dos adolescentes. Queremos manter e ampliar essa parceria”, afirmou.
Impacto entre os alunos
O aprendizado impactou diretamente a visão dos estudantes. A aluna Ana Paula Guerra relatou:
“Aprendi sobre meus direitos e como lidar em situações em que eles precisam ser reconhecidos. Também aprendi a me valorizar como ser humano.”
Para o colega Dan César, o conhecimento adquirido fortalece a convivência social:
“Toda pessoa deveria ter um pouquinho de conhecimento, porque a gente aprende sobre nossos deveres e também como viver em harmonia.”
Já Lavinha Cabral destacou que a experiência vai além do ambiente escolar:
“É muito importante saber como lidar com as pessoas e com nossos deveres e direitos, não apenas pensando no futuro acadêmico, mas também na vida pessoal.”
Educação e cidadania de mãos dadas
Integrando os Itinerários Formativos do Novo Ensino Médio, previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Falando Direito reforça sua missão de contribuir para a formação de jovens conscientes, preparados para exercer seus direitos e cumprir seus deveres em sociedade.