No dia 16 de dezembro de 2019 foi realizada no auditório do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a cerimônia de formatura da primeira turma do Projeto Falando Direito de Ceilândia. O projeto visa socializar o conhecimento jurídico básico a alunos da rede pública com temas voltados para a consolidação da consciência cidadã, responsabilidade social e política. As aulas foram ministradas por juízes, advogados, defensores públicos e outros profissionais voluntários.
O ministro do STJ e Diretor acadêmico do IEDF, Reynaldo da Fonseca, presidiu a cerimônia e compôs a mesa de honra ao lado da presidente do IEDF, Sandra Taya, e outras autoridades, entre elas: a vice-presidente da Associação Nacional das Defensoras e dos Defensores Públicos (Anadep), Rivana Oliveira; a juíza de direito Gabriela Jardon, representando a Associação dos Magistrados do Distrito Federal (Amagis/DF); a diretora do fórum de Ceilândia, Severina Eugênia da Silva; a diretora do Centro Educacional 16 da Ceilândia, Sirlei de Lourdes Gontijo; o diretor dos polos da Universidade Paulista (Unip) EAD no Sudoeste e no Jardim Botânico, Antônio Carlos Bentes; e o presidente da Associação de Ex-Alunos (Alumni) da Faculdade de Direito da UnB, Ronald Barbosa.
O instituto foi criado por uma iniciativa de Juízes e defensores públicos e, desde então, trabalham em conjunto pela formação de jovens cidadãos. O Ministro destacou ainda em sua em sua fala na solenidade de abertura importância da igualdade: “Os senhores pais que aqui se fazem presentes são os homenageados desta noite com seus filhos que discutem o exercício da cidadania, da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Todos nós somos irmãos, independentemente da raça ou credo”, comentou.
Nossa presidente ressaltou que a formatura do Falando Direito Ceilândia é um marco histórico para o instituto e um importante passo na educação em direitos. “Meu sentimento de hoje é gratidão. Os alunos formandos representam o presente e o futuro. A participação deles é fundamental para a conspiração da fraternidade em nosso país. Acreditem e invistam nos seus sonhos. Sonhos não foram apenas para serem sonhados, mas para serem vividos e realizados. Voem alto, mergulhem fundo e encontrem o melhor caminho. O maior naufrágio é não partir. O mundo os acolherá”.
A Defensora Geral Maria de Nápolis falou sobre esperança: “Sinto uma alegria enorme em ver estampada no rosto de vocês a esperança. Esperança no futuro, esperança de que vocês podem chegar onde quiserem. E falo isso por experiência própria. Também estudei em escola pública como vocês, então é possível sim”. Na sequência, explicou que o trabalho da Defensoria Pública não se resume somente a processos e defesas judiciais. “A DPDF faz um trabalho na seara judicial, mas é grande a minha alegria em fazer esses trabalhos extrajudiciais. Isso enobrece a instituição. Temos que estar com vocês, formando cidadãos. Pais, acreditem nos seus
filhos. A credibilidade e o incentivo que vocês dão para eles faz toda a diferença”, ressaltou.
A diretora do Fórum de Ceilândia, que teve um importante papel na realização do projeto, fez diversas recomendações aos formandos com palavras de incentivo. “Eu digo sempre que o sonho que se sonha só é somente um sonho, mas o sonho que se sonha junto é realidade, e por isso que nós estamos aqui. O fórum está de portas abertas para ver vocês chegando como colegas, como estagiários, como interessados. E sejam quem vocês são. Sejam colaborativos, tudo que aprenderam distribuam de alguma forma”, disse.
Na oportunidade, a vice-presidente da Anadep citou o educador Paulo Freire: “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. O que cada um aqui está fazendo é mudar o mundo. E o momento exige a participação de cada um. Afinal, não há outra forma de promover os direitos humanos que não seja pela educação. Participar desses projetos é o significado do que é ser defensor”.
Ao final da cerimônia, o diretor da Unip realizou a entrega das 57 bolsas doadas pela universidade para os alunos selecionados através de um simulado.